21/11/2007

MAIS INFORMAÇÃO

ÊXTASE OU ENGANAÇÃO?
Quem já não observou a alegria e o entusiasmo com que os jovens se entregam a longas "baladas" com muita dança e música eletrônica? Muitas vezes os "já não tão jovens" apresentam a mesma vitalidade e conseguem impressionantemente encarar noitadas que se prolongam até mesmo quando o sol já vai alto.
 Em festas chamadas raves, a música e a dança se prolongam ininterruptamente por dias... Como há tanta energia para manter esta performance? Na verdade não há.
 É humanamente impossível que alguém agüente uma "balada" destas de forma freqüente.
 A única explicação é o uso de drogas "psicodélicas" para impulsionar artificialmente este "pique".
O termo "psicodélico" tem origem grega e quer dizer "o que faz brilhar a alma".
 Este termo foi criado e muitíssimo usado nos anos '60, com o aparecimento do LSD (ácido lisérgico) e a difusão do uso de outras drogas psicoativas como fonte de prazer. O milenar uso da Cannabis sativa (cânhamo indiano ou maconha) conheceu seu apogeu e se consagrou como droga psicodélica mais utilizada no mundo. 
A cocaína, super-extrato da Erythroxylon coca (coca) sintetizada pela Bayer no século XIX, também passou à moda, conhecendo um uso crescente.
 Igualmente o antiqüíssimo ópio, extraído da Papavere somnifera (papoula), levou à síntese de alcalóides muito mais potentes, dentre os quais o grande destaque é aheroína. Desde esta época, novas drogas apareceram e muitas outras tiveram seu uso amplamente difundido.
 Outra substância muito popular, foi introduzida na Humanidade nos anos '80 a droga MDMA (metil-metilenodioxiamfetamina) criada em 1913 pela Merck e que acabou ficando conhecida como XTC (ecstasy ou êxtase). Finalmente, ao lado destas drogas, apareceu o uso psicodélico da quetamina (Ketalar® ou spacial K) e do GHB (gama-hidroxibutirato).
 Há uma grande diferença entre elas, mas uma coisa há em comum: sempre o que é prometido é o prazer artificialmente produzido através da manipulação bioquímica do cérebro.
O uso crônico de qualquer destas substâncias sabidamente pode provocar danos irreversíveis e graves no organismo, em maior ou menor grau, bem como leva invariavelmente à dependência química (física e/ou psíquica).
 Do ponto de vista da saúde pública as dependências químicas representam um flagelo médico-social importante em nossos dias que deixa milhares de jovens em idade produtiva ou em idade de formação à margem da sociedade, levando ao gasto de muito dinheiro para as tentativas de sua difícil recuperação.
 O quadro revela-se bastante triste e avassalador na sociedade ocidental contemporânea.
 Muitos esforços estão sendo feitos por parte das autoridades em todo o mundo para por fim ao tráfico e ao uso de drogas psicotrópicas, mas o uso de substâncias psicodélicas é cada vez maior, atingindo um número enorme de novos usuários, em idades cada vez mais precoces.
 A maconha é de longe a droga ilegal mais utilizada, porém seu uso não parece ser tão preocupante, por causar menos seqüelas em seu uso crônico e levar à dependência de forma mais moderada, existindo até quem defenda sua descriminalização e sua liberação total ou parcial. Nas classes sociais mais altas de nosso país as drogas ditas "pesadas" mais comumente usadas entre os jovens são a cocaína e o ecstasy, associadas ou não ao álcool e a demais drogas. Em classes sociais mais baixas o crack (extrato purificado de cocaína) e drogas solventes voláteis ("cola de sapateiro").
É evidente que a humanidade sempre fez uso de diversas substâncias psicoativas de diferentes espécies ao longo de toda sua existência de forma muitíssimo variável. 
A mais tradicional droga psicoativa que se conhece em todo o mundo é o álcool em todas as suas apresentações (destilados e fermentados). 
O uso do álcool está intimamente incorporado à sociedade ocidental, indo desde seu uso hedonístico eventual, até o uso religioso ritual (como o vinho na Missa, por exemplo), passando pelos horrores da dependência química e o flagelo do alcoolismo. Também parte inseparável de nossa cultura está o uso da cafeína (café e chá preto), substância psicoestimulante de uso legal e totalmente corriqueiro.
 O tabaco (Nicotiana tabacco), sob forma de cigarros, charutos ou fumo, é igualmente substância largamente difundida e que tem sido alvo de diversas ações governamentais de saúde pública devido aos altos índices de lesões irreversíveis e graves de múltipla ordem (respiratórias, cardiovasculares, cerebrais, cancerígenas, etc.).
 Mas nenhuma outra substância criou alterações sociais tão grandes em tão pouco tempo de uso em larga escala quanto o ecstasy. 
Toda uma cultura "neo-psicodélica" foi criada em torno desta droga. A transformação nos hábitos sociais e nos valores adotados pelos jovens de nossa sociedade é apenas comparável ao "boom" psicodélico dos anos '60, mesmo assim, guardando, ao meu ver, um impacto mais contundente sobre os rumos da juventude.
Desde o filme "Barbarella", onde Jane Fonda aparece no esplendor de sua juventude usando uma pequena pílula que a leva imediatamente ao êxtase, que a idéia de uma "pílula do amor" habita o imaginário humano. Com o aparecimento da MDMA, seu efeito foi imediatamente associado à idéia de "pílula do amor" e foi batizada pelo nome XTC (em inglês lê-se "ecs-ti-ci").
 O ecstasy promete alterações da sensopercepção, euforia prolongada, sociabilidade, extroversão e diversão por períodos de 8 horas, o que acaba seduzindo milhares de jovens alucinados, cujo slogan é "Set U Free" ("liberta você"). Porém, após algum tempo de super-estimulação pela droga, o estoque de serotonina (5-HT, um neurotransmissor cerebral) vai acabando e a biossíntese não atende a demanda. Chega-se ao estado de depressão e esgotamento, que ocorre entre 6 a 8 horas após a ingestão da droga e o que era para ser pura alegria e diversão se torna um pesadelo que pode durar alguns dias.
 Este efeito ficou conhecido como "blue Monday" (segunda-feira depressiva) em virtude do freqüente uso de ecstasy durante os finais de semana. 
Igualmente, a longo prazo e com o uso freqüente, há a necessidade de uma dose progressivamente maior de MDMA para que se consiga os mesmos efeitos que inicialmente eram obtidos. Isto é chamado de "tolerância" e significa que o organismo reage à presença constante desta substância com diminuição do sistema neuronal conhecido como serotoninérgico, que pode ser químico e reversível ou com destruição irreversível destes neurônios. A destruição em massa de neurônios serotoninérgicos leva a pessoa a um estado constante de depressão resistente ao uso de qualquer medicação conhecida.
Vias serotoninérgicas cerebrais, sobre as quais o ecstasy atua.
A sensação de euforia e prazer criada artificialmente pelo ecstasy passa a ser ao usuário incomparável a qualquer sensação de euforia que ocorra naturalmente e muito rapidamente a palavra "diversão" passa a ser sinônimo de ecstasy para aqueles que, sem perceberem, já desenvolveram um nível considerável de dependência. Entretanto, um dos piores e mais perigosos efeitos colaterais causados pelo ecstasy é a súbita elevação da temperatura corpórea (o MDMA provoca hipertermia). 
Isto pode causar uma desidratação profunda e, em muitos casos, levar à morte. 
Nas raves, os usuários costumam ingerir litros d'água, tentando resfriar e hidratar o corpo.
 Embora não muito prejudicial a curto prazo, o MDMA apresenta sérias injúrias a longo prazo. 
Uma delas é a diminuição do peso do usuário, uma vez que o MDMA inibe o apetite e provoca um grande desgaste calórico. Existem vários artigos que evidenciam, também, a relação entre o uso do MDMA e distúrbios cardio-vasculares.
"Jogos eletrônicos não afetam as crianças. Se o 'Pacman',por exemplo, tivesse afetado nossa geração, hoje nós ficaríamos rodando loucamente em lugares escuros, mastigando pílulas de energia e ouvindo músicas eletrônicas repetitivas."
Toda uma cultura foi criada em torno do ecstasy. 
Conhece-se a "e-music", que tanto pode ser sigla para eletronic music, quanto para ecstasy music.
 Ritmos específicos como o trance (transe) e o psychodelic (psocodélico) foram criados para aumentar a sensação provocada pelo ectasia.
 A decoração de ambientes onde o uso de psicodélicos é incentivado sempre traz um excesso de estímulos visuais (luzes psicodélicas e fluorescentes), sonoros (som eletrônico altíssimo e repetitivo) e táteis (paredes revestidas com diferentes texturas, ambientes com divãs, camas e muitas almofadas), propiciando as alterações sensoperceptivas. Apesar de que a sociabilidade esteja aumentada e haja uma tendência à sensualidade, a sexualidade propriamente dita encontra-se diminuída com o uso do ecstasy e há uma espécie de alienação e desligamento do mundo. 
O resultado final desta combinação, sob um ponto de vista sociológico, é o aparecimento de uma sub-cultura característica chamada de cultura "clubber". 
Os clubbers de maneira geral acabam desenvolvendo uma dependência química múltipla e tendo uma visão psicodélica do mundo, não percebendo a realidade como ela é.
 O consumismo é característica marcante deste grupo social, bem como um culto exagerado à estética, paradoxalmente acompanhada de uma deterioração na capacidade crítica e criativa relacionada às artes, uma vez que devido ao efeito psicodélico, qualquer estímulo possa ser entendido como prazeroso.
 Ocorre também uma espécie de segregação e preconceito contra qualquer proposta que fuja à proposta psicodélica, só interessando aos clubbers aquilo que é clubber ou correlato.
A cultura clubber aparece então como o movimento de contra-cultura do século XXI. 
Gerado pela frustração do pós-tudo (pós-moderno, pós-hippie, pós-punk, pós-dark), o impulso clubber é uma proposta sem proposta, uma pura e simples alienação do tempo e do espaço, impulsionado pelos psicodélicos. A fuga da realidade, o hedonismo exacerbado de um pensamento cape diem, o desdém pela cultura, pelos valores sociais e pelo conhecimento, a simples auto-anestesia como solução e o repúdio a tudo e a todos que os possam fazer acordar deste transe perpétuo são suas marcas registradas. Incrivelmente, a cultura clubber englobou em si elementos desconexos herdados de movimentos de contra-cultura anteriores, tais como o misticismo e a espiritualização hippies, a estética do modernismo, do psicodelismo e do Sci-Fi e a depressão e o tédio dark, usando estes atributos no entanto, de forma esvaziada de seus significados culturais originais. Em última análise, o movimento clubber tenta desesperadamente resgatar o glamour próprio das gerações anteriores, perdendo-se cada vez mais em um mundo fictício e ilusório de prazeres artificiais e plásticos, apartando-se de si mesmo e alienando-se da vida. Estas características de nosso jovens é utilíssima à sociedade de consumo capitalista que se utiliza delas para manter sua manipulação e seu controle sobre uma população que deveria ser caracteristicamente a fonte de críticas sociais e a origem das mudanças e transformações do status quo. Alguém precisaria despertá-los desta hipnose coletiva urgentemente!
Saiba mais:
Revista eletrônica do Departamento de Química - UFSC/Brasilhttp://www.quimica.matrix.com.br/artigos/ecstasy.html
Narconon Arrowhead - USAhttp://www.ecstasyaddiction.com/
Ecstasy Effects - USAhttp://www.ecstasy-effects.com/
E for Ecstasy by Nicholas Saunders - UKhttp://ecstasy.org/books/e4x/
Ecstasy and The Dance CultureNicholas Saunders, Turnaround e Knockabout, Inglaterra, 1995.
Ecstasy & CiaPatrick Walder e Günter Amendt, Campo das Letras, Portugal, 1997
Babado ForteErika Palomino, Editora Mandarim, São Paulo, 1999

*CANABIS - MARIJUANA- MACONHA* seu pulmão agradece a leitura dossiê


CIENCIA DA MACONHA




´´´Vai um fininho ai?´´

Em 1735, o botânico Carl Lineu nomeou a Maconha como Cannabis sativa. A mesma foi chamada de Cannabis indica, pelo biólogo francês, Jean Baptiste Lamarck. Assim como outras plantas a maconha possui dois gêneros; macho e fêmea. Em um mesmo pé pode ter ambas as estruturas sexuais. É a flor do macho que produz o pólen que fecunda a fêmea, quando a flor da fêmea é fecundada ela se enche de sementes e depois morre.

Quando não ocorre fecundação da fêmea, essa excreta uma grande quantidade de resina pegajosa composta por dezenas de substâncias diferentes. Dentre as várias substâncias, existe a THC (delta-9-tetra-hidrocanabinol), que serve de filtro solar para a planta, pois essa é de clima desértico. Apesar do THC estar presente em toda a planta é na flor da fêmea que se encontra a maior concentração da substância.

A real droga da maconha é essa flor.

O THC tem uma propriedade bem curiosa, gruda em algumas moléculas das paredes dos neurônios de animais, até mesmo do homem, tais moléculas são conhecidas como receptores de canabinóides, quando ocorre a ligação o receptor opera sutis mudanças químicas dentro da célula, mas não se sabe dizer ao certo quais são elas. Em 1992, o pesquisador israelense Ralph Mechoulam descobriu o motivo pelo qual temos tal receptor. O receptor serve para ligar-se a outra molécula, a mesma fabricada pelo próprio cérebro, muito semelhante ao THC. A molécula foi batizada por Rauph de anandamida (ananda, em sânscrito, é “felicidade”). Enfim, o cérebro produz uma substância com efeitos parecidos com os do THC, em doses bem menores. Não se sabe qual a finalidade da anandamida no cérebro, mas está relacionada ao controle da dor. Pelo fato de haver receptores de canabinóides em células fora do cérebro, leva a pensar que a anandamida desempenha um papel mais abrangente do que parece.

Além das formas de uso mais conhecidas há uma especial, a do cânhamo, que é utilizado na produção de tecidos. Supostamente foi pelo fato de Cristóvão Colombo usar tecidos derivantes do cânhamo em suas velas e cordas, assim, juntamente com as embarcações as sementes da maconha também vieram. A idéia era de plantar as sementes, pois se tivesse que ser feita alguma reparação nas velas e cordas, eles teriam o material. Enquanto a maconha era utilizada por pessoas mais pobres, ela não causava tanto medo, repúdio e preconceito. Porém quando as pessoas de classe média começaram a fazer o uso da droga, surgiu um motivo de preocupação.
Há indícios de que há muitos anos a maconha se faz presente em quase todo o mundo, sua disseminação se deu através de viajantes, esses levavam sementes da maconha, desse modo essa se fazia presente em quase todos os continentes. Por muitos anos a maconha foi considerada legal, sua ilegalidade em vários países, incluindo o Brasil, se deu por volta do século XX. Mas ainda existem países onde a maconha é legal, em outros ela é comercializada unicamente como remédio (auxiliando pacientes no tratamento de doenças, controlando a dor).

No Brasil, a maconha se faz tão presente por existir muitas áreas sem qualquer tipo de vigilância. Com isso fica mais fácil o escoamento da droga.Durante um bom tempo a maconha era comercializada com um preço insignificante. Vários países tentaram mais nenhum conseguiu erradicar a maconha de seu território. A maconha é conhecida em muitos países como “marijuana”.
Há boatos de que as tropas revolucionárias de Pancho Villa que chacoalharam as estruturas do poder em 1910, eram adeptos de um baseado no intervalo das batalhas; assim surgiram os conhecidos versos: La cucaracha/ la cucaracha/ ya no puede caminar/ Porque no tiene/ Porque le falta/ marijuana que fumar, atribuídos à Villa.
O efeito causado pela maconha em pessoas que a fuma é variado. Para evitar problemas relacionados à saúde física e mental, é recomendável que a pessoa não faça o uso de drogas (no caso em questão a cannabis), pois pode agravar os problemas relacionados à saúde. Principais efeitos Os efeitos causados pelo consumo da maconha, bem como a sua intensidade, são os mais variáveis e estão intimamente ligados à dose utilizada, concentração de THC na erva consumida e reação do organismo do consumidor com a presença da droga.

Os efeitos físicos mais freqüentes são avermelhamento dos olhos, ressecamento da boca e taquicardia (elevação dos batimentos cardíacos, que sobem de 60 - 80 para 120 - 140 batidas por minuto).

Com o uso contínuo, alguns órgãos, como o pulmão, passam a ser afetados. Devido à contínua exposição com a fumaça tóxica da droga, o sistema respiratório do usuário começa a apresentar problemas como bronquite e perda da capacidade respiratória. Além disso, por absorver uma quantidade considerável de alcatrão presente na fumaça de maconha, os usuários da droga estão mais sujeitos a desenvolver o câncer de pulmão.

O consumo da maconha também diminui a produção de testosterona. A testosterona é um hormônio masculino responsável, entre outras coisas, pela produção de espermatozóides. Portanto, com a diminuição da quantidade de testosterona, o homem que consome continuamente maconha apresenta uma capacidade reprodutiva menor.

Os efeitos psíquicos são os mais variados, a sua manifestação depende do organismo e das características da erva consumida. As sensações mais comuns são bem-estar inicial, relaxamento, calma e vontade de rir. Pode-se sentir angústia, desespero, pânico e letargia. Ocorre ainda uma perda da noção do tempo e espaço além de um prejuízo na memória e latente falta de atenção.

Em longo prazo o consumo de maconha pode reduzir a capacidade de aprendizado e memorização, além de passar a apresentar uma falta de motivação para desempenhar as tarefas mais simples do cotidiano.
Fonte----Por Eliene PercíliaEquipe Brasil Escola.

Outro estudo sobre a canabis

"A presente matéria apresenta os vários aspectos envolvidos na utilização da maconha no Brasil, droga psicotrópica usada tanto como substância de uso e abuso ilícito, como pelos seus efeitos medicamentosos".
Informações Gerais e HistóricoSegundo informações do médico psiquiatra Dr. Rodrigo Marot, a maconha é proveniente da planta Cannabis sativa (originária da Índia) que contém a substância delta-9-tetrahidrocanabinol (D-9-THC), principal elemento ativo da droga. Do ponto de vista histórico, de acordo com informações do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) que funciona no Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo, "a maconha já era conhecida há pelo menos 5.000 anos. Até o início do presente século, era considerada em vários países, inclusive no Brasil, como um medicamento útil para vários males. Mas também era já utilizada para fins não médicos por pessoas desejosas de sentir ‘coisas diferentes’. Como resultado de seu abuso, e de exageros sobre os seus efeitos maléficos, a planta foi proibida em praticamente todo mundo ocidental, nos últimos 50-60 anos".

Dados EstatísticosConforme informações do Dr. Rodrigo, a maconha é a segunda droga mais consumida entre os jovens nas principais cidades do Brasil, perdendo apenas para o álcool.

Convém destacar que os dados dessa pesquisa não consideraram o tabaco e a cafeína como drogas psicoativas.

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo, através do CEBRID, entre os estudantes do 1º e 2º graus das dez maiores cidades do país, em 1997, indicou que 7,6% declararam já haver experimentado a maconha.

A mesma fonte mostrou que 1,7% dos estudantes relataram fazer uso de maconha pelo menos seis vezes por mês. Efeitos PsíquicosDr. Rodrigo Marot afirma que o efeito da maconha é percebido em aproximadamente 20 minutos depois que se começa a fuma-la.

Os efeitos tem duração de duas a quatro horas, aproximadamente.

"Em níveis muito altos pode provocar alucinações ou delírios com reações comportamentais indevidas como agitação e agressividade.

O uso prolongado leva a um comportamento caracterizado pela não persistência numa atividade que requeira atenção constante (Síndrome Amotivacional)".

Para os pesquisadores do CEBRID, os efeitos psíquicos dependem da qualidade da maconha fumada e da sensibilidade de quem fuma. "Para uma parte das pessoas os efeitos são uma sensação de bem-estar acompanhada de calma e relaxamento, sentir-se menos fatigado, vontade de rir.
Para outras pessoas os efeitos são mais para o lado desagradável: sentem angústia, ficam aturdidas, temerosas de perder o controle da cabeça, trêmulas, suando.

É o que comumente chamam de ‘má viagem’".

Ainda em relação aos efeitos que a droga apresenta para os seus usuários habituais, segundo informou o psicanalista Fernando Tavares de Lima, Diretor Clínico do Núcleo de Estudos e Temas em Psicologia – NETPSI, de São Paulo,

"Quem fuma maconha pode apresentar sinais de perturbação na capacidade de calcular o tempo e na avaliação do espaço, além de problemas de atenção e de memória de curto prazo".

De acordo com o psicanalista, por este motivo, é extremamente perigoso dirigir automóveis sob o efeito da maconha, pois um objeto que parece estar muito longe pode, na verdade, estar a poucos metros de distância e esta falha de percepção pode ocasionar acidentes.

Outro tema muito discutido em relação aos efeitos psíquicos da substância, está relacionado aos seus efeitos para pessoas que apresentem pré-disposição para doenças mentais.

Em relação a esse aspecto, o Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo, adverte: "Há provas científicas de que se a pessoa tem uma doença psíquica qualquer, mas que ainda não está evidente, ou mesmo quando a doença já apareceu, mas está controlada com medicamentos adequados, a maconha piora o quadro.

Ou faz surgir a doença ou neutraliza o efeito do medicamento e a pessoa passa a apresentar novamente os sintomas.

Este fato tem sido descrito com freqüência na doença mental chamada esquizofrenia".

Efeitos sobre o OrganismoAinda, segundo o Dr. Marot, no sistema imunológico o D-9-THC prejudica a produção de células de defesa no baço, medula óssea e timo.

Já no sistema cardiovascular, a droga provoca aceleração do batimento cardíaco e diminuição da pressão arterial.

Além disso, a maconha também diminui a capacidade de coagulação do sangue (diminuindo a agregação plaquetária).

A psicóloga Lídia Aratangy, autora do livro Doces Venenos, Conversas e Desconversas sobre Drogas, também aponta para o fato de que os efeitos dependem da quantidade utilizada, além da forma de preparação, da via pela qual é consumida, da sensibilidade de quem a usa, das condições em que é usada, do significado que a experiência tem para a pessoa.

Lídia conclui dizendo que "os efeitos físicos imediatos da maconha não são muito extraordinários: ligeira taquicardia (os batimentos cardíacos passam a 140/160 por minuto, quando o normal é 80/100), secura na boca e vermelhidão nos olhos".

Analisando a questão do ponto de vista orgânico, o psicanalista do NETPSI, Fernando, aponta que podem haver sérias conseqüências em várias funções do corpo.

Por exemplo, a fumaça da maconha pode causar irritação nos pulmões, gerando


problemas que vão desde bronquites até canceres e enfisemas pulmonares
.

Novamente, segundo os membros do CEBRID, outro efeito físico adverso do uso crônico da droga refere-se aos níveis orgânicos da testosterona, o hormônio masculino. "Já existem muitas provas que a maconha diminui em até 50-60% a quantidade de testosterona.

Conseqüentemente, o homem apresenta um número bem reduzido de espermatozóides no líquido espermático (oligospermia), o que leva à infertilidade".

Convém destacar que este é um efeito que desaparece quando a pessoa deixa de fumar a substância.

É também importante dizer que o homem não fica impotente ou perde o desejo sexual, as alterações são, apenas, na produção dos espermatozóides.

Usos Medicinais da MaconhaAtualmente, muito se tem discutido a respeito do uso médico de substâncias químicas encontradas na maconha.

Segundo o CEBRID, "graças à pesquisas recentes, a maconha (ou substâncias dela extraídas) é reconhecida como medicamento em pelo menos duas condições clínicas: reduz ou abole as náuseas e vômitos produzidos por medicamentos anti-câncer e tem efeito benéfico em alguns casos de epilepsia (doença que se caracteriza por convulsões)".

Entretanto, o mesmo grupo de pesquisadores alerta: "É bom lembrar que a maconha (ou as substâncias extraídas da planta) têm também efeitos indesejáveis que podem prejudicar uma pessoa".

O psicólogo Fernando Tavares de Lima disse ter informações a respeito de médicos que, há muito tempo, dizem para pacientes que já fazem o uso da droga, que a fume em determinados horários, especificamente antes das refeições, para aproveitar o seu efeito de sensação de fome e possuírem apetite.

Esses casos, evidentemente, não são divulgados, pois a utilização da maconha no Brasil é ilegal.

Contudo, são bastante freqüentes em doentes de AIDS e de câncer, que enfrentam dificuldades na alimentação.

Contudo, um dos problemas são os efeitos "tóxicos" da droga e o seu grau de pureza variável.

Como nunca se sabe qual é a quantidade que deveria ser utilizada para esse fim, esse é um dos argumentos para os que defendem que os medicamentos à base de maconha sejam produzidos por laboratórios.

Nos Estados Unidos, há uma série de pesquisas sendo realizadas sobre os efeitos terapêuticos da maconha. Importantes médicos e biólogos, membros do National Institutes of Mental Health e do National Institute of Neurological Disorders and Stroke, pesquisam sobre os efeitos do THC como "neuroprotetores" contra efeitos tóxicos e como "anti-oxidantes". Dados desse estudo sugerem que a maconha pode ser útil como agente terapêutico para o tratamento de desordens neurológicas, como por exemplo, nos acidentes vasculares cerebrais do tipo isquêmico.Copyright

© 2000 eHealth Latin America 11 de Setembro de 2000


Pulmão é para respirar e não para encher de porcaria


DROGAS Fumaça em discussão Estudo constata que, ao contrário do que se costuma pregar, a maconha causa dependência IVAN PADILLA A maconha é considerada pela literatura médica uma droga leve – por definição, aquela que não causa danos significativos ao organismo e dificilmente vicia.
Mas essa classificação pode estar com os dias contados.
Um estudo da Universidade Columbia, de Nova York, mostra que a substância provoca dependência e, conseqüentemente, síndrome de abstinência.
Ao interromper o consumo da droga, usuários de longa data passam a exibir sintomas como irritabilidade, ansiedade, dificuldade para dormir, falta de apetite, dor de estômago e depressão.

“A maconha é tolerada pela sociedade e apresenta um certo charme em determinadas camadas sociais, mas é mais perigosa do que parece”, afirma o psiquiatra brasileiro Carlos Zubaran, um dos coordenadores do estudo.
E faz o alerta: “Ela não pode mais ser considerada uma droga leve”.
A pesquisa está em andamento, e os primeiros resultados, apesar de polêmicos, são ignificativos.

Os bastidores são dignos de figurar em um reality show.
Os usuários são escolhidos a partir de anúncios no Village Voice, jornal de alta circulação no Village, bairro de Nova York freqüentado por boêmios e conhecido pelos costumes liberais.

Uma vez selecionados, eles recebem US$ 2 mil para permanecer 21 dias em quatro apartamentos.

Nesses aposentos, individuais e ligados a uma sala comum, são vigiados em tempo integral por câmeras de vídeo.

Por dia, em horários estabelecidos, fumam quatro baseados.

Os voluntários recebem os cigarros já enrolados. As instruções são transmitidas por alto-falantes. “Inspirem”, é a primeira ordem.

“Exalem”, é o comando final. A operação se repete várias vezes e dura três minutos. Nos quatro primeiros dias do estudo, os pacientes fumam cigarros com uma concentração de 3% de THC, o princípio ativo da Cannabis sativa.

Nos quatro dias seguintes, consomem placebos – ou seja, o cigarro tem a aparência e o aroma do original, mas sem o princípio ativo.

E assim alternadamente. Os voluntários não sabem quando estão inalando uma coisa ou outra. Em intervalos regulares, respondem a extensos questionários sobre a capacidade de concentração e o estado de ânimo em que se encontram naquele momento.

No tempo livre, podem ler ou jogar videogame.

Sem contato com o mundo exterior, como telefone ou internet, um em cada quatro voluntários costuma desistir.

Casos extremos de descontrole já foram registrados.

. “Quando estão em abstinência, alguns ficam bastante agitados e chegam a destruir móveis”, conta Zubaran.

A pesquisa começou há três anos, sob a coordenação da psiquiatra americana Marian Fischman, autorizada a ministrar drogas a seres humanos de maneira controlada e para fins científicos.

Com a morte da psiquiatra, no ano passado, continuou a ser tocada por um grupo de sete estudiosos.

Eles já cravaram: maconha vicia mesmo.

Mais de 40 casos de dependência foram registrados.

E prosseguem as experiências, agora com o propósito de descobrir um processo capaz de interromper o ciclo de dependência.

Os relatos vêm sendo publicados em revistas científicas como Nature e Psichopharmacology. SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA Na falta da droga, os dependentes podem apresentar uma série de sintomas. Os principais são: • irritabilidade • ansiedade • dificuldade para dormir • falta de apetite • dor de estômago • depressão

Fonte: Universidade Columbia


O estudo deve gerar ainda discussões intermináveis no meio científico e na sociedade.

Os pesquisadores da Columbia acreditam que os relatos serão avaliados pela Associação Americana de Psiquiatria na próxima revisão de critérios de diagnóstico de drogas.

Atualmente, a entidade classifica a maconha como droga leve – ou seja, não causa dependência química nem síndrome de abstinência.

A rigor, uma mudança de categoria equivaleria a dizer que, em termos médicos, a maconha estaria no mesmo patamar da cocaína e da heroína – estas sim drogas ilícitas, de efeitos devastadores – e seria também uma substância mais nociva que o álcool e o tabaco, produtos legalizados e vendidos com autorização governamental no mundo inteiro.

Essa possível identificação da maconha como droga pesada já encontra resistência no próprio meio médico.
Os efeitos neurológicos do uso contínuo da Cannabis sativa são conhecidos – dificuldade de aprendizado, retardamento de raciocínio, lapsos de memória.
Mas, até agora, a acusação mais grave contra o consumo da erva – e bastante contestada – era a de ser um primeiro passo para o consumo de outras drogas.
“Não se pode afirmar que a dependência causada pela maconha seja química, e não psicológica”, diz o psiquiatra Arnaldo Madruga, especialista no assunto e um dos fundadores da Abraço – Associação Brasileira Comunitária para a Prevenção do Abuso de Drogas.

Drogas das Raves

Nesse estudo sobre os entorpecentes que envolve as Raves encontrei um blog com muitas discussões a respeito e coloco aqui para dividir com vcs o tema e as respostas mais diversas sobre o mesmo.
Muito bom

Quem postou foi por Gustavo de Almeida


Filosoficamente, não sou contra o ser humano querer experimentar estado diferentes de percepção da realidade. Aldous Huxley, autor de “Portas da Percepção”, “Contraponto” e “Admirável Mundo Novo”, dizia que o cérebro humano precisa de “uma química”. Fernando Pessoa se referiu certa vez ao “horror de saber que a vida é verdadeira” em seu Fausto. E obras como a de Omar Kahyán falam o tempo todo em embriaguez do vinho – bem como a de Charles Bukowski, germano-americano, falava sempre em “seis garrafas pequenas de cerveja e uma de uísque”. Cada um na sua. Freud, dizem, curtia cocaína.Este primeiro parágrafo, pode não parecer, mas não defende as drogas nem as justifica. Meu objetivo é tentar explicar porque a droga está sempre presente, desde tempos imemoriais. Legalizamos o álcool. Tornamos a maconha tabu. Horrorizamos (com Justiça e certeza) a maldita cocaína, droga mais repulsiva já inventada. E nem falemos das outras que são para minorias. Bom, uma das “outras” já não é para minorias: o ecstasy. A bem da verdade, junto com o ecstasy, como forma de diversificação, veio de novo o LSD, muito presente no Rio no início da década de 80. Cada vez mais, aquele cara que sentava lá atrás na sala de aula e que ficava reprovado enquanto você passava, bom, aquele cara resolveu malhar, estudar em cursinho pré-vestibular até....ficar velho demais para faculdade e começar a vender ecstasy aproveitando o bom trânsito que tem com os colegas e as colegas de malhação. O ecstasy começou a se infiltrar pela classe média. É a droga da classe média. Curioso que a maconha tivesse vindo das camadas menos favorecidas e a cocaína, dos barões mais ricos. O ecstasy veio pela Barra da Tijuca, pois representa o amor de ocasião. O amor pelo corpo malhado do outro, momentâneo, feito ali, rapidinho, tão rápido que você nem se lembra. O ecstasy é explicado pela tradução. Aliás, eu queria que alguém “traduzisse” a frase “eu tenho uma balinha colorida para poder entrar na festa” do músico Armandinho (vídeo acima) e me dissesse se é ou não apologia às drogas – já que a letra também sugere uma desinibição sexual que, supostamente, o ecstasy é que traz. Em dado momento vem a frase “eu não tenho nojo de você”. O ecstasy em tese é a droga que provoca o amor.Pois essa droga provocou uma morte em Itaboraí, rachando uma família ao meio. Música eletrônica, calor, ecstasy, a soma de tudo matou um jovem. Os relatos do repórter Janir Júnior em O DIA são estarrecedores: jovens babando desmaiados, sujeira, promiscuidade, tudo pela manhã. Eu gostaria de tentar escrever sem esbarrar no moralismo vão – até porque eu já bebi chope até o dia clarear, isso quando não era uísque. Mas é difícil entender o que leva um jovem a buscar uma festa onde a música é barulho eletrônico de quinta categoria (nada tem de musical, de melodia, de composição, é lixo puro de Londres) e para se integrar é preciso consumir uma droga que acelera o coração. É uma tragédia que começa a se abater forte sobre o Rio: o ecstasy em breve vai tomar as bocas de fumo, como já virou opção de trabalho para os remediados da classe média.Agora, como tudo no Rio acaba em malandragem, achei divertido saber isso ontem, conversando com um amigo pelo telefone: os ambulantes, sujeitos que não têm nada a ver com a vontade que os freqüentadores têm de tomar o ecstasy, já estão pegando a manha de faturar: sobretaxam a garrafinha de água mineral a preços assustadores. Garrafinhas que o sujeito toma em qualquer bar por R$ 1 ou no máximo R$ 1,50, são vendidas nas portas das raves por R$ 3 e até R$ 4. Eles sabem que o sujeito que toma o ecstasy, ou melhor, a “balinha”, precisa beber água, sente verdadeira compulsão, e paga qualquer preço. E, dizem, alguns até fazem “refil” da água, quando é sem gás. Abastecem na bica mais disponível e vendem aos incautos.Resumindo: além do risco de enfarte, o viciado em balinha ainda corre o risco de ter uma disenteria, por beber água suja.Filosoficamente, não sou contra o ser humano querer experimentar estados diferentes de percepção da realidade. Mas ao mesmo tempo sou contra o sujeito ser trouxa. Por mais que a sobrevivência dos espertos dependa desse tipo de gente.
Os comentarios são bem diversos vejam:

Gustavo, concordo com o seu texto mas temos que tomar cuidado em quem culpar nessa hora. Como é de praxe na nosso sociedade já tem gente querendo acabar com as festas raive, jogando todo mundo no mesmo barco, dos drogados irresponsáveis. Não adianta colocar a culpa na festa na droga X ou Y, o problema todo está no comportamento humano e nessa hipocrisia em relação as drogas, o que cria uma série de informações desencontrada. Não se discute consumo de drogas de forma aberta, desprovida de paixões ou moralidades. Fechamos os olhos para determinados problemas e os hipócritas de plantão só irão se manifestar quando alguma coisa o atinge, nesse caso, a infeliz morte dessas pessoas.O assunto droga precisa deixar de ser tabu ou vamos continuar a ser reativos aos problemas gerados pelo seu consumo.
30 de Outubro de 2007 09:17
Rafael Pellon disse...
Gustavo, pior que o Armandinho é o funkão que aparece depois que acaba o vídeo do youtube nas opções de vídeos relacionados: http://www.youtube.com/watch?v=6YOerQhtrTIAbraços,
31 de Outubro de 2007 02:25

Anônimo disse...
Comentarista de esportes, atores, cantores, filósofos e quaisquer outros que sejam formadores de opinião dizerem que fumam maconha a meu ver também é apologia às drogas. E ainda não vi nenhum desses formadores de opinião ser preso ou ao menos importunado pela Justiça do nosso país por isso. A hipocrisia reina nesse Brasil. A morte de um viciado vira comoção! Prefiro me comover com a falta de médicos nos hospitais, de professores nas escolas, com a insegurança das ruas. Vivemos numa sociedade onde todos temos acesso indiscriminado às informações; só se mete com drogas quem quer. E se querem morrer, que morram!
31 de Outubro de 2007 22:04

Filipe disse...
Primeiro, gosto musical nao se discute, se vc acha musica eletronica de quinta categoria, é um propblema seu...........segundo, o q matou o rapaz (corrija no seu texto) nao foi a musica eletronica, calor e "balinha", só a balinha e o calor colaborou........Rave é o tipo de festa ainda elitisada, logo nego paga R$3,00 pq tem dinheiro, assim como pagam R$5 em um cachorro quente q na rua nao chega a R$3,00...........Terceiro, nao é preciso se drogar para se integrar..........enfim, vc mostra q é leigo no assuntoe me diz se vc qndo passa a madrugada bebendo chopp, s edirige depois?? pq até onde eu sei alcool tb é droga, causa dependencia quimica tb e tb causa morte, mas paga imposto como o cigarro....Só concordo com vc no ponto da Otarice de quem se droga. Frequento rave e nao tomo bala nem doce, qndo estou cansado, me recolho no CHILL OUT (lugar destinado pra relaxar o corpo, com musicas tranquilas, sem a batucada forte da musica eletronica), mas pena q nem todos façam isso.A galera se droga pq quer, cada um faz do seu corpo o q quer. Se morre, é pq exagerou. O corpo nao precisa de drogas pra aguentar uma Rave, mas como vc disse no seu texto, a civilizaçao sempre procurou formas de alterar a sua percepsao.O mal da musica eletronica é q ela sofre rótulos, e pra piorar, os frequentadores das raves colaboram com a péssima imagem das raves a partir do momento q se drogam.
1 de Novembro de 2007 01:20


Gustavo de Almeida disse...
Caro sr. Filipe:eu NÃO dirijo. Nem antes, nem durante, nem depois de chope. Aliás, nem tenho mais bebido nada.A Música Eletrônica, na opinião de pessoas com um mínimo de estudo em música e não de DJs que querem ganhar dinheiro em cima dos outros, é, sim, um subproduto. A grande parte dela, com raríssimas exceções.Se você acha que NÃO É de quinta, também é um problema seu. Dizer que é problema meu não diz nada. Quero ver, por exemplo, o Julio Medaglia dizer que a música eletrônica é de boa qualidade.Não há mal nenhum em gostar de música de baixa qualidade. Eu gosto do Chuck Berry, por exemplo, e ele só toca três notas há 50 anos. Mas eu admito que é lixo. É rock and roll, mas musicalmente é lixo.A sua música eletrônica é lixo, puro. Não exprime absolutamente - com o perdão da expressão - merda nenhuma, não tem melodia, não tem letra, história, não fica na memória de ninguém, ninguém assovia, nada. O nada predomina.Quanto à música eletronica ser inocente: o senhor talvez também seja leigo. Não sabe que, de acordo com especialistas como Maria Theresa Aquino, do NEPAD (procure no Google o que é), a música eletrônica combina com o efeito da droga, potencializando-o. Procure saber, por exemplo, o que pensa o delegado PF Antonio Rayol (o link está aí do lado).Seremos todos leigos?
1 de Novembro de 2007 01:32


João disse...
Desculpe Gustavo, Quual é o seu problema com o pessoal do fundão ? Que discriminação é essa?Acredito e assino em baixo, em poucas, mas assino, agora se quiser falar sobre um assunto, aprenda!Existem drogas para cada classe da sociedade e para cada pertubação desejada.Você já parou para pensar se o problema foi realmente a droga para o garoto ? Pense...Abraço e boas leituras....
1 de Novembro de 2007 08:21


Gustavo de Almeida disse...
Caro João:não há problema nenhum com o pessoal do fundão. aquilo foi um recurso de texto. creio que, como você entende mais do que eu sobre "o assunto" (eu não entendi bem qual é "um assunto"), deve poder entender o que é exatamente um recurso de texto.Quanto às drogas, as classes A e B consomem o ecstasy, mas apenas 3%, segundo pesquisa da USP, consomem a droga sintética isoladamente. Não parei não: o problema do garoto FOI a droga. Ele morreu de causas diversas, todas provocadas pelo ecstasy.Abraço e boas leituras (pelo jeito com que o sr. falou, não será aqui)
1 de Novembro de 2007 10:14


João Marcelo Maia disse...
Gustavo, entendo teu ponto de vista e também não gosto de música eletrônica. Contudo, acho que invocar Julio Medaglia é foda, né? Pra ele, Stones são lixo. E aí?De resto, ectasy, raves e música eletrônica estão imbricados da mesma forma que LSD-rock-festivais. No meu ponto de vista, a glamourização tanto de um quanto de outro "trio" é bobagem, assim como a tentativa de distinguir entre trouxas e não-trouxas. Para um amante de música erudita, não há diferença nenhuma entre esses conjuntos estéticos. Seria tudo música pop feita industrialmente para jovens consumirem um "estilo de vida" aditivado por substâncias lisérgicas. E se você pedisse para o jornalista do Dia escrever uma reportagem sobre o dia seguinte de Woodstock, você tem alguma dúvida de que o cenário seria o mesmo descrito na festa rave?? Finalmente, vale lembrar que sob o rótulo de "música eletrônica" foram feitas algumas coisas bem importantes na música pop, de Kraftwerk a New Order.
1 de Novembro de 2007 10:22


Gustavo de Almeida disse...
João Marcelo,eu não sei o que é "imbricados"Só estou espantado com a irritação generalizada, o afinco em defender um gênero musical AINDA mais limitado do que o rock de três acordes. E me espanto como a irritação com a opinião alheia pode produzir contestações tão vazias e desprovidas de sentido.Para Julio Medaglia Stones são lixo? E aí?Olha, em primeiro lugar, nunca o vi opinando isto sobre músicas melódicas dos Stones. Nunca li nada assim. Mas se ele acha, respeito a opinião dele. São lixo, sim.O jornalista de O Dia escreveria isso sobre Woodstock? Estaria coberto de razão. Não é objetivo deste blog defender o uso de substâncias estupefacientes ilegais.Por fim, João, se realmente este é um blog onde se escrevem "bobagens", bom, volto a recomendar: a abstenção da leitura é o melhor remédio contra isto.
1 de Novembro de 2007 10:52


Roberto disse...
Olá Gustavo...tudo bem???Meu nome é Roberto, sou Agente de Saúde em Dependência Química. O que me incentivou a opinar foi quando lì o nome do Del. PF Antonio Rayol. Ontem 31/10 tive a oportunidade de participar de um Seminário organizado pelo COMAD, onde ele é um dos conselheiros e junto com o Médico Dr.Oscar Cox (que presidiu a mesa)é o Comandante da PM deram uma oportunidade para a plenária abrir a mente em relação as DROGAS e a REPRESÃO, penso que os momentos que viví ontem deveria ser vivido por toda a população Brasileira, pena que poucos tiveram essa oportunidade, eu respeito a visão de cada um em relação a qualquer assunto, eu mesmo tinha uma visão em relação as drogas e como poderia ser enfrentedo o problema, porem após as informações que eu tive ontem mudei totalmente a minha visão sobre os usuários esporádicos, os dependentes e as Drogas de escolha ou as que o organismo de cada um se adapta.`É isso aí Gustavo, ví seu álbum de fotografias e percebi que nós temos algo em comum, amamos a natureza e concordamos em algumas opiniões também, eu tirei uma foto do Pão de Açucar justamente de onde você tirou, da pista Cláudio Coutinho de baixo para cima bem colado ao morro, local onde também nem todos têm a oportunidade de conhecer e que eu acredito que todo brasileiro deveria ter a oportunidade de conhecer.Gustavo, obrigado por tantas informações que voce me passou, quanto ao nosso ponto de vista, quem sabe se outras pessoas tiverem a oportunidade de se informarem melhor mudem também a maneira de ver as coisas... não é mesmo???um abração e obrigado por tudo, continue fazendo essa mediação!!!
1 de Novembro de 2007 14:22

subten disse...
Caro Gustavo, não se espante com essa gritaria generalizada. A elite detesta quando os pobres mortais se metem nos assuntos dela. Essas pessoas que postaram mostrando indignação devem ser as mesmas que acham que o viciado (se for bem nascido, claro) deve ser considerado apenas como um doente, não passível de punição alguma e que de forma alguma financiam o tráfico de drogas e a compra de armas no nosso RJ. São filhos da nova psicologia infantil, onde não se pode dar uma palmada no filho, onde eles só aprendem a não ter limite algum, muito menos respeito aos outros, principalmente quando esses outros de algum modo ameaçam cercear essa suas (deles) liberalidades. ┬
Pois é a discussão sobre RAVES e seus entorpecentes ainda vai longe.
Mas dizer que a musica eh lixo?!!! ele pegou pesado

19/11/2007

LSD ACIDO LISÉRGICO



LSD-Acido lisérgico


Dietilamida do Ácido Lisérgico (LSD 25)
Fonte: Cebrid
Departamento de Psicobiologia - Unifesp/EPM



LSD25 (abreviação de dietilamida do ácido lisérgico) é uma substância que lembra outras substâncias presentes em um cogumelo a Claviceps purpurea. Embora tenha estrutura química semelhante ele não é produzido (sintetizado) pelo cogumelo e, sim, é fabricado em laboratórios. Portanto, o LSD25 é uma substância sintética (fabricada em laboratório) e não uma substância natural (fabricada ou sintetizada por uma planta). Ele produz profundas alterações mentais chamadas de alucinações (alucinação é uma percepção sem objeto, por exemplo ouvir uma trombeta sem que este som exista é uma alucinação; outro exemplo, ver coisas que não existem: bichos, objetos, etc.)





Como é usado o LSD25 ?
O LSD25, também conhecido como ácido, é utilizado por via oral, ou seja, é ingerido. É um líquido que não possui odor, cor ou sabor. Em geral, o usuário introduz embaixo da língua um pequeno pedaço de papel de filtro impregnado com LSD25, no qual se verificam também vários desenhos e ilustrações. Também pode ser usado através de conta-gotas, bebidas ou selos de cartas. O LSD25 é tão potente que pequeníssimas doses, de 20 a 50 microgramas (um micrograma é um milésimo de uma miligrama), já produzem alterações mentais. Para dar idéia, um micrograma, cabe na ponta de uma agulha.





Por que usam o LSD25?


Em geral as pessoas usam alucinógenos como o LSD25, na intenção de ter visões e sensações novas e coloridas. O fato de tudo parecer colorido "tornaria", por exemplo, uma festa mais alegre e diferente. Outros usam o LSD25 porque acreditam que podem ter visões reveladoras, conhecer melhor a si e aos outros (o que não é verdade).
Quem são as pessoas que mais usam o LSD25?
Os adolescentes e jovens, principalmente de classes mais favorecidas, são os principais usuários de alucinógenos, de uma forma geral, visto serem os principais freqüentadores de festas e terem dinheiro suficiente para comprar a droga. Esporadicamente sabe-se do uso de LSD25 no Brasil e raramente a polícia apreende esta droga.



Quantas pessoas usam LSD25?
Em se tratando de uma droga ilegal, torna-se difícil especificar um número correto de usuário de LSD25. Sabe-se que no Brasil seu uso é pouco significativo. Em quatro levantamentos sobre o uso de drogas entre estudantes de 1º e 2º graus em 10 capitais brasileiras de 1987 a 1997, realizados pelo CEBRID de 1987 a 1997, o uso na vida de alucinógenos (incluindo o LSD) não representa nem 1% dos cerca de 50 mil estudantes entrevistados.
O que o LSD25 faz no corpo após uma dose (efeitos físicos agudos)?
Os efeitos físicos do LSD25 incluem pupilas dilatadas, aumento da temperatura do corpo, aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, suores, perda de apetite, falta de sono, boca seca e tremores.



O que o LSD25 faz no corpo (efeitos físicos crônicos) após o uso continuado?



Mesmo doses muito grandes de LSD25 não chegam a intoxicar seriamente uma pessoa, do ponto de vista físico. Mas efeitos de fadiga e tensão podem ser relacionados ao uso crônico e podem durar vários dias.


O que faz com a mente após uma dose (efeitos psíquicos agudos)?Os efeitos do LSD25 são imprevisíveis. Dependem da quantidade ingerida, personalidade do usuário, humor e expectativas.
Os efeitos aparecem de 30 a 90 minutos após a ingestão e duram aproximadamente 6 horas. Durante este período o LSD25 produz fenômenos alucinatórios que envolvem um conjunto de percepções que ocorre sem a presença de um objeto. Isto significa que, mesmo sem ter um estímulo (objeto), a pessoa pode sentir, ver e ouvir. As sensações são "reais", provocando dor, prazer, medo, ansiedade e outras.


Como exemplo, se uma pessoa ouve o latido de um cão e há mesmo um cão por perto, esta pessoa está normal; mas se ela ouve o latido e não existe nenhum cão nas proximidades, esta pessoa está alucinada, tendo uma alucinação auditiva.


Do mesmo modo é possível observar um elefante na sala sem que este realmente exista, ou seja, a pessoa está tendo uma alucinaçã! o visual.
Além disso, o LSD25 provoca uma modificação na percepção de tempo, modificação da sensação de espaço, modificação de sensações do próprio corpo e despersonalização (a pessoa não sabe mais quem ou o que é). O usuário pode ter "uma viagem boa"e ver formas coloridas ou "uma viagem ruim" com crises depressivas.


Pode ocorrer também, uma mistura de informações sensoriais chamada sinestesia, provocando sensações como ouvir uma cor, ver um som, ou seja, as sensações auditivas se traduzem em imagens e as imagens se traduzem em sons.



O que faz com a mente após o uso continuado (efeitos psíquicos crônicos)?O uso de LSD25 pode levar ao aparecimento de "flashbacks". Este fenômeno ocorre algum tempo (semanas ou meses) depois do uso de LSD25. É um fato de causa desconhecida que leva a pessoa, repentinamente, a ter todos os sintomas psíquicos da experiência anterior, sem ter tomado de novo a droga.


O "flashback" pode ainda ser desencadeado por canseira, intoxicação alcóolica ou pelo uso abusivo de maconha. Sua ocorrência é extremamente perigosa durante a condução de um veículo, podendo gerar acidentes graves.


Além disso, usuários crônicos de LSD podem manifestar psicoses como esquizofrenia ou depressão profunda.


Assim, o perigo do LSD25 não está tanto na sua toxicidade para o organismo mas sim no fato de que, pela perturbação psíquica, há perda da habilidade de perceber e avaliar situações de risco. O usuário fica "fora do ar", julga-se com capacidades ou forças irreais.


Por exemplo, acha que pode voar atirando-se pela janela ou andar sobre as águas avançando mar adentro.



O uso de LSD25 pode afetar o rendimento escolar?
Via de regra, as pessoas que "se encontram" no LSD25 ou outras drogas alucinógenas, acabam por ficar à deriva do dia-a-dia, sem destino e objetivos que possam vir a enriquecer a vida pessoal.



O uso de LSD25 leva ao uso de outras drogas?
Ainda não existem estudos que estabeleçam a existência de uma escalada no uso de drogas. Assim, não pode ser afirmado que o uso do LSD25 leva ao uso de outras drogas; O contrário também é verdadeiro: não se usa o LSD25 porque usou-se antes alguma outra droga.


Isto pode até ser ocorrido mas não há uma relação de causa-efeito.



Você reconhece quando alguém usa o LSD25?
Dificilmente pode-se perceber tal fato por modificações da aparência física do usuário.


É possível notar, quando for o caso, alterações no humor e surgimento de psicoses.


Mas estes sintomas podem surgir por muitas causas e não são, portanto, especificar para o LSD25.



O LSD25 é usado como medicamento ?
O Ministério da Saúde do Brasil não reconhece uso médico do LSD25 e proíbe totalmente a produção, comércio e uso do mesmo no território nacional.


A Organização Mundial da Saúde e as Nações Unidas consideram o LSD25 como uma droga proscrita, isto é, proibida.



As pessoas que usam LSD25 ficam dependentes?
O LSD25 não leva comumente a estados de dependência visto que não produz comportamentos compulsivos para sua obtenção.


No entanto, para certas pessoas, os efeitos do LSD25 podem ser considerados como uma "experiência positiva" ou algo "místico" e estas pessoas podem se apresentar dependentes, isto é não mais conseguem viver sem a droga.



As pessoas podem parar de usar?A maioria dos usuários de LSD25 diminui ou pára o uso da droga com o tempo, por conta própria. Caso isso não ocorra, é possível procurar tratamento auxiliar.



Há tolerância ao LSD25 ?
O fenômeno de tolerância desenvolve-se ou seja, a pessoa precisa de doses cada vez maiores para sentir os mesmos efeitos. Mas, também, há rápido desaparecimento da mesma com o parar do uso.



O que acontece se uma pessoa for surpreendida usando LSD25?
No Brasil, usar ou traficar drogas é crime, e a pessoa responderá por isto. No caso do LSD25 é quase impossível surpreender alguém utilizando visto se tratar de um papel minúsculo, embebido com a droga, que será ingerido.



O que acontece se uma pessoa for surpreendida levando o LSD25 para usar junto com amigos?
A lei nº 6368, de outubro de 1976, chamada de "lei antitóxico", no seu artigo 12, classifica como traficante de droga tanto a pessoa que possui laboratórios clandestinos que sintetizam o LSD25 como aquela que simplesmente o oferece a um amigo, ainda que gratuitamente.



Existe alguma melhora na performance sexual com o uso de LSD25?
Não. O usuário de LSD25, sob o efeito da droga, tem as sensações centradas no "eu", não dando atenção a nada que não faça parte dele. Assim, caso ocorra um envolvimento sexual, o parceiro passa a ser mero suporte. O usuário não consegue estabelecer um vínculo emocional com seu parceiro.



O LSD25 pode ser usado na gravidez?Experiências em animais mostram que o LSD25 prejudica a futura prole quando ele é administrado a uma fêmea prenhe. Entretanto, não existem dados a respeito com o ser humano. Mas, pode-se dizer que o LSD25 não deve ser utilizado por uma mulher grávida porque gravidez e droga, qualquer que ela seja, não combinam de jeito nenhum. Esta é uma regra que deve ser seguida a risca; a única exceção é quando um medicamento é receitado pelo próprio médico



O LSD foi inventado por acaso, quando o químico Albert Hofmann (foto) trabalhava na síntese dos derivados do ácido lisérgico, uma substância que impede o sangramento excessivo após cirurgias como o parto.


A descoberta dos efeitos da droga verificou-se quando ele ingeriu, acidentalmente, um pouco da substância.


Logo em seguida o nobre cientista se viu obrigado a interromper o trabalho devido aos efeitos alucinógenos que começou a sentir.


Inicialmente a droga foi utilizada como recurso psicoterapêutico e para tratamento de alcoolismo ou disfunções sexuais.

Com o movimento hippie, começou a ser utilizada de forma recreativa e causou grande agitação nos Estados Unidos.

O consumo do LSD difunde-se no meio universitário norte-americano, entre músicos e nos ambientes literários.

O LSD25, também conhecido como ácido, é utilizado por via oral. Trata-se de um líquido sem cheiro, cor ou sabor.

Em geral, o usuário introduz embaixo da língua um pequeno pedaço de papel de filtro impregnado com a droga, no qual se verificam vários desenhos e ilustrações. São os desenhos que definem o nome do LSD que está sendo consumido (Asterix, Fat Freddy’s Cat, Gato Felix, Bart Simpson e assim por diante).
Também pode ser usado através de conta-gotas, bebidas ou selos de cartas.
O LSD25 é tão potente que pequenas doses, de 20 a 50 microgramas, já produzem alterações mentais.
Um micrograma cabe na ponta de uma agulha.
Em geral as pessoas usam alucinógenos como o LSD25 para ter visões e sensações novas.O fato de tudo parecer colorido “tornaria", por exemplo, uma festa mais alegre e diferente.
Outros usam porque acreditam ser capazes de obter visões reveladoras, conhecer melhor a si e aos outros (o que não é verdade).
Em se tratando de uma droga ilegal, torna-se difícil especificar um número correto de usuários. Sabe-se que no Brasil seu uso é pouco significativo, embora tenha crescido recentemente.
Os efeitos físicos do ácido incluem pupilas dilatadas, aumento da temperatura do corpo, aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, suores, perda de apetite, falta de sono, boca seca e tremores.
Mesmo doses muito grandes não chegam a intoxicar seriamente uma pessoa, do ponto de vista físico.
Mas efeitos de fadiga e tensão podem ser relacionados ao uso crônico e podem durar vários dias.
Os efeitos aparecem de 30 a 90 minutos após a ingestão e duram aproximadamente seis horas. Durante esse tempo a droga produz fenômenos alucinatórios que envolvem um conjunto de percepções.
Isto significa que, mesmo sem ter um estímulo (objeto), a pessoa pode sentir, ver e ouvir.
As sensações são "reais", provocando dor, prazer, medo, ansiedade e outras.
O uso também pode levar ao aparecimento de "flashbacks".Esse fenômeno ocorre algum tempo (semanas ou meses) após a ingestão.
É um fato de causa desconhecida que leva a pessoa, repentinamente, a ter todos os sintomas psíquicos da experiência anterior, sem ter tomado de novo a droga. O "flashback" pode ainda ser desencadeado por cansaço, intoxicação alcoólica e uso abusivo de maconha.
O Ministério da Saúde do Brasil não reconhece uso médico do LSD25 e proíbe totalmente a produção, comércio e uso.
A Organização Mundial da Saúde e as Nações Unidas consideram o LSD como droga proscrita (proibida).
A vetusta Lei nº 6368, de outubro de 1976, chamada de "lei antitóxico", no seu artigo 12, classifica como traficante de droga tanto a pessoa que possui laboratórios clandestinos que sintetizam o LSD25 como aquela que simplesmente o oferece a um amigo, ainda que gratuitamente.Fonte: Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicasposted
by Caco Belmonte e Marcos guimarães










Ecstasy



O MDMA (metilenedioxi-etamfetamina)
forma mais utilizadas de Comercialização

Mais conhecido como ecstasy, é uma droga moderna sintetizada, neurotóxica, muito popular entre os jovens, cujo efeito na fisiologia humana é o bloqueio da reabsorção da serotonina, dopamina e noradrenalina no cérebro, causando euforia, sensação de bem-estar, alterações da percepção sensorial e grande perda de líquidos. Ao contrário do que se propaga, não existe efeito afrodisíaco nesta droga.
É vendido sob a forma de comprimidos e ocasionalmente em cápsulas. Embora estudos mostrem que a neurotoxicidade do ecstasy não cause danos permanentes em doses recreativas, ainda existe a suspeita de que o consumo cause danos de forma gradual, com perigo de desenvolvimento de doenças psicóticas. Os estudos a respeito do ecstasy em humanos são pouco difundidos por questões legais.
O MDMA foi sintetizado pela Merck (1914) como redutor do apetite e nunca foi usado com essa finalidade. Em 1960 foi redescoberto, sendo indicado como elevador do estado de ânimo e complemento nas psicoterapias. O uso recreativo surgiu nos anos 70. Em 1977, foi proibido no Reino Unido e em 1985 nos Estados Unidos.
Uma curiosidade das pastilhas é o fato de serem coloridas e identificadas mediante o desenho impresso na “bala”. Dependendo da quantidade ingerida, o MDMA demora de 30 a 60 minutos para surtir efeito. Ao contrário de outros psicoactivos, o efeito do MDMA é muito rápido. A quantidade de MDMA em cada comprimido varia, em média, entre 30 e 100mg, dependendo da pureza da composição e da tolerância do consumidor.
Quando ingerido oralmente causa efeito de três a quatro horas, podendo chegar a seis. Existe um período de tempo acrescido, associado ao declínio dos efeitos primários, em que o consumidor tem a percepção da persistência dos efeitos, embora não possa considerá-los a verdadeira experiência (efeitos primários). Nesse período podem ocorrer insônias (devido ao estado de agitação), coceiras, reações musculares como espasmos involuntários, espasmos do maxilar, dor de cabeça, visão turva, manchas roxas na pele, movimentos descontrolados de vários membros principalmente braços e pernas.

Durante o período de intensidade do ecstasy podem surgir circunstâncias perigosas: náuseas, desidratação e hipertermia. Esses sintomas são frequentemente ignorados pelo consumidor devido ao estado de despreocupação e bem-estar provocados pela droga, o que pode ocasionar exaustão, convulsões e mesmo a morte. É freqüente ver os consumidores em raves e clubes de dança dotados de garrafas de água ou bebidas energéticas. Quando ingerido com bebidas alcoólicas, pode ocasionar um choque cárdio-respiratório e levar ao óbito.
Em termos de efeitos secundários, o MDMA provoca variações de humor nos dias seguintes; alguns indivíduos registram períodos depressivos enquanto outros registram aumento de auto-estima. Imediatamente à cessação dos efeitos primários, prevalece também a falta de apetite. O relato dos usuários descreve inicialmente uma sensação de tontura semelhante à embriaguez. Essa sensação é a primeira manifestação da droga. Em seguida, perde-se a sensação de peso do corpo e o sujeito sente como se estivesse flutuando. A partir daí todos ao seu redor parecem amigos (o super ser humano).
Dependendo da quantidade que foi ingerida, quando os efeitos passarem o indivíduo vai se sentir desanimado, querendo "voltar pra casa". Ao deitar, os sintomas causados pela febre vão dificultar o adormecimento, e serão horas de tremores, suor frio intenso e náuseas, acompanhados de pensamentos frenéticos e irritação causada pela alta sensibilidade dos sentidos (é o que se costuma chamar de “fritando no gelo”).Os primitivos modernos A conexão entre o moderno e o primitivo me levou a esta edição temática.
Durante anos, recusei convites e resisti à tentação de freqüentar festas rave. Não sou fã de música eletrônica, não me incluo em nenhuma das tribos que circulam nesse tipo de evento e também não costumo tomar Ecstasy, embora tenha experimentado a droga durante a incursão antropológica.
Logo na primeira vez, percebi rapidamente que ali havia alguma coisa meio tribal, não apenas por causa do ritmo sincopado e frenético, mas também pelo reconhecimento de signos que identificam e caracterizam os grupos reunidos em torno da “celebração”.
Também compreendi que alguns estilos de música eletrônica - como o Trance, por exemplo - permitem que o DJ execute a música até um ponto culminante, seguido de uma parada abruta que dura apenas um ou dois segundos, depois retorna aos poucos e cresce novamente até a apoteose. A manobra provoca um efeito explosivo, potencializado pela ingestão de substâncias químicas.
Outro fator que me levou a entender e participar do fenômeno foi o elevado número de trabalhos acadêmicos desenvolvidos recentemente sobre o tema. Uma tese de dissertação em antropologia defendida em abril de 2004, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é de autoria de Ivan Paolo de Paris Fontanari e chama-se “Rave à margem do Guaíba: música e identidade jovem na cena eletrônica de Porto Alegre”.
Portanto, a partir de ferramentas como pesquisa e observação participante, escrevi um arrazoado à guisa de estudo sobre a cultura rave em Porto Alegre. Para isso foi necessário compreender a dimensão ritual-performática do evento e os códigos que orientam as práticas culturais e estéticas dos envolvidos.


A explicação dos acadêmicos
Alguns teóricos, para explicar o fenômeno, evocam a pós-modernidade (sociedade pós-industrial marcada por um momento pós-utópico e sem projeção de futuro) e suas conseqüências, tais como o surgimento das tribos urbanas, por exemplo.A cronologia dos fatos remonta ao movimento clubber da década de 70, mas foi somente na década de 80, na Inglaterra, que esse movimento se firmou com as primeiras festas em Manchester. Depois o fenômeno se espalharia pela Alemanha, principalmente Berlim. Nos Estados Unidos a rave chegou em 1991.Toda a cena inglesa, ao final dos anos 80, era chamada de “acid house party". A terminologia não existia até então. O termo Rave (delírio) surge para reforçar a relação da música eletrônica com o esctasy e o ácido lisérgico (LSD) ajudando na busca por um estado alterado de consciência. Como ideologia, os adeptos da rave adotaram a defesa dogmática do PLUR (peace, love, unity and respect).Atualmente, existe uma denominação que caracteriza Rave de pequeno porte, conhecida como PVT; ou seja, algo como private trance, onde a maioria das pessoas que comparecem são convidados e convidados dos convidados. Esse tipo de evento é realizado em sítios, chácaras e outros lugares ao ar livre, tendo duração menor do que as raves (até 24h).
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Transcendência coletiva


A formação das tribos de clubbers e ravers tem como referencial comum um conjunto de manifestações vinculadas à musica (e-music). Essa cultura da música eletrônica faz parte de um movimento marcado pelo conceito underground (formas alternativas de informações, música não-comercial) e ligado à cibercultura. Associadas, essas culturas produzem novas formas de socialidade e difusão artística.
Para haver socialidade é preciso um ponto de encontro. É a música que faz essa conexão e gera uma interatividade entre tecnologia, comportamento, arte, informação e ciberespaço. As pessoas vivenciam uma forma comum de experimentar.Alguns eventos em que a música eletrônica está implicada buscam conexões com outras linguagens artísticas, notadamente no campo da produção imagética. É o caso dos artistas que geram imagens fractais, clips em 3D e animações em realidade virtual.A busca por um estado alterado da consciência, a partir do uso de drogas como Ecstasy e LSD, sempre caminhou paralelamente à cultura da música eletrônica, considera hedônica. Essas drogas assumem o papel de despertar um estado psicológico único de transcendência coletiva. Porém, raves e festas em clubs não dependem do uso de drogas.Experiências multisensoriais são vividas nas festas como um sinal de unidade entre o passado e o futuro. A rave é primitiva, com a reunião de tribos de gente jovem para experimentar a participação mística através de cinéticos e MDMA (Ecstasy), dança e música tribal. Também é futurística (ou moderna), com o uso de música sampleada e remixada digitalmente, efeitos de luz e laser e exposições multimídia.
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